EFEITO CHICOTE
Vivemos em uma era onde pessoas convivem cada vez menos com pessoas. Nos dias de hoje é comum ver pessoas conversando pela internet ou pelo celular, ao invés de estarem pessoalmente confraternizando.
A falta de contato com pessoas faz com que cada vez menos possamos treinar nossas habilidades de compreensão e de interação com outras pessoas. Essa mesma falta de interação faz com que nosso inconsciente aos sermos contrariados ou questionados, crie uma objeção de ataque ou contra-ataque. Essa reação de contra-atacar algo ao sermos confrontados é chamado de “efeito chicote”.
Um exemplo clássico desta reação é quando somos cobrados por alguma falha que cometemos. Ao invés de refletirmos sobre o assunto para avaliarmos nossa parcela de responsabilidade, nem esperamos a pessoa terminar de falar e vamos logo nos defendendo e muitas fezes contra-atacando com justificativas ou acusações. Tentando buscar outros culpados para servir de fuga perante nossas responsabilidades.
Outra situação comum no efeito chicote é quando estamos em uma reunião de equipe e somos cobrados por metas não atingidas ou apresentamos algum projeto onde somos contrariados, confrontados quanto a relevância ou consistência das informações. Interpretamos as situações como pessoais e sem ao menos fazer qualquer reflexão, passamos a agir de forma impulsiva e irracional buscando travar uma guerra de forças.
Da mesma forma entre os casais é muito comum o despreparo tanto para quem emite a comunicação quanto para quem recebe. Uma simples frase como: - Onde você estava? – Por que está chegando só agora? – Por que não atendeu o celular? Podem gerar inúmeras discussões desnecessárias, que poderiam ser resolvidas com uma simples respiração ou uma resposta simples e objetiva.
Nessas situações devemos respirar por cinco segundos bem fundo buscando uma solução racional para a situação imposta. Deixando pensamentos com relevâncias pessoais de lado para nos concentramos na real situação. Em vários eventos as pessoas estão apenas querendo resolver uma determinada situação da forma mais simples e objetiva possível, mas a falta de tato para interação nos leva a ver tudo de uma forma mais pessoal do que ela realmente é.
O mais importante é sempre nos colocarmos na posição oposta e tentar avaliar a situação como um todo. Buscando de forma equilibrada manter um ambiente saudável e amistoso em seu local de trabalho ou em seu relacionamento familiar. Essa interação deve ser observada tanto para quem emite uma comunicação quanto para quem recebe, afinal em uma comunicação sempre haverá dois envolvidos.
Pense em quantas impressões ruins você já causou por ter agido impulsivamente atacando, quando na verdade bastava apenas uma resposta? Quantos relacionamentos você colocou em xeque por não saber apenas responder uma simples pergunta? Ou quantas oportunidades dentro de sua empresa você já perdeu por não ter resiliência e não saber expressar sua comunicação?