EMPRESAS EXIGEM MAIS DE UM IDIOMA EM ÁREAS DE COMÉRCIO EXTERIOR
Aprender uma nova língua amplia as chances de conseguir um emprego nas multinacionais
Por conta do curso de inglês o estudante de Administração Gustavo Cardoso conseguiu ingressar em uma empresa multinacional. Créditos: Victória Fontana
De acordo com a empresa Education First Corporate Language Learning Solutions, que realizou o estudo The Rise Of Linguarati, 75% das empresas no Brasil consideram o inglês importante para seu cotidiano. Isso mostra que as empresas estão cada vez mais exigentes na hora da contratação. As multinacionais e empresas que trabalham com comércio internacional são as que mais contratam candidatos com experiência em outros idiomas.
A gestora de um departamento de recrutamento, Naiane Brandt, afirma que “as áreas que mais exigem outra língua são técnicos, engenheiros, secretariado executivo, administração, bilíngue ou trilíngue e tradutor. ” Letícia de Oliveira, trabalha no setor administrativo de uma escola de idiomas, diz que saber mais de um idioma pode ajudar na concorrência de vaga de trabalho. “Ao buscar novas formas de comunicação o aluno esta na frente de outros profissionais na hora de conseguir um emprego” afirma. Hoje as línguas mais procuradas são: inglês, espanhol, francês e alemão por conta das exigências das empresas.
O estudante de administração Gustavo Cardoso, 19 anos, cursa inglês há um ano e meio e acredita que é uma grande oportunidade para sua carreira trabalhar em uma empresa que exige outra língua. “Saber inglês ajuda a me relacionar com os compradores de nossos produtos no exterior e isso agrega tanto na minha posição na empresa quanto para um cargo efetivo. ”
A farmacêutica Tania Guesser Gonçalves, 27 anos, no último ano de faculdade se candidatou em uma vaga de estágio para uma distribuidora de medicamentos. Ela passou pela prova dinâmica, entrevista com psicóloga, mas não foi chamada por não ter conhecimento básico do inglês. “A supervisora me pediu desculpas, disse que eu havia me encaixado no perfil que eles buscavam, mas o inglês era essencial, e por isso eu perdi a vaga”, conta Tania.
Assim como muitos jovens que traçam uma carreira com o apoio de uma língua estrangeira, o engenheiro de produção Dirceu Junior, 29 anos, hoje trabalha em uma empresa filial de uma multinacional espanhola que produz colchões e boxes, em São Paulo. ”A empresa exigia requisito de inglês e desejável espanhol básico também devido à origem da empresa ser espanhola”, diz Júnior. Ele ingressou na empresa como estagiário no departamento de qualidade em 2012 e depois de passar por uma série de etapas, conquistou a vaga desejada. “Aprendi o espanhol porque meu chefe é de origem espanhola e o inglês por ter contato com laboratórios internacionais que fazem testes com nossos produtos”.
Para o engenheiro mecânico, Guilherme Niciaki, 25 anos, um dos requisitos para entrar na empresa que trabalha hoje era saber o inglês intermediário. “A empresa é fabricante de plástico e como faz compras e vendas internacionais é necessário ter conhecimento em outras línguas”. O aprendizado da língua estrangeira para o engenheiro instigou a vontade de conhecer novos idiomas, por isso resolveu aprender alemão e francês.
