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TRABALHO INFORMAL CRESCE 4% EM UM ANO E SUSTENTA UMA PARTE DA POPULAÇÃO MUNDIAL


Foto: Franciele Machado

Em um ano, o país perdeu 1,2 milhão de postos de trabalho com carteira assinada, o que representa uma queda de 3,4%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao terceiro trimestre do ano passado. A consequência foi o aumento no número de brasileiros trabalhando por conta própria para fugir do desemprego. A quantidade de trabalhadores informais tiveram aumentou 4% no último ano.


Define-se por trabalho informal aquele para o qual a pessoa exerce sem condições regulamentadas pelo governo: não há vínculo empregatício, nem registro em carteira. Por consequência, o trabalhador não recebe benefícios que lhes são de direito, como FGTS, direito à licença maternidade e auxílio do governo em caso de desemprego.


Alguns dos trabalhos mais comuns que não possuem carteira assinada são a de pintor, pedreiro, ajudante de eletricista, domestica, marceneiro, cabelereiro, vendedores ambulantes, camelôs, feirantes, lavadores de carros.


Mesmo que a pessoa não tenha carteira assinada, ela pode contribuir com a previdência social (INSS). Só em 2014 mais de cinco milhões de brasileiros, segundo o IBGE, passaram a contribuir com o INSS como empreendedores individuais. O trabalhador informal que não contribui com a Previdência Social não consegue se aposentar e nem ter acesso a qualquer benefício previdenciário.

Natalia Bispo é cabeleireira há cinco anos e é um exemplo de trabalhadora informal que contribui à Previdência. “Eu já estou há seis anos sem registro na carteira e contribuo com o MEI por indicação de um amigo. Pago uma quantia certa todo mês, o que é uma segurança pra mim e minha família”, explica.


Mas tem todos os trabalhadores profissionais têm essa preocupação. Jonathan Gonçalves Santos, que é latoeiro, é um exemplo disso. “Eu mexo com latarias de carros e pintura. Nunca contribuí com o INSS porque nunca parei para pensar nisso. Sempre trabalhei sem registro desde os 14 anos. Hoje tenho 23 anos e não sinto necessidade de contribuir”, conta.


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