PESSOAS COM DEFICIÊNCIA ENFRENTAM PRECONCEITO NO MERCADO DE TRABALHO
Foto: Priscila Leite
Desde que a lei número 9.213/91, conhecida como a lei de cotas, foi sancionada no ano de 1991, o número de pessoas com deficiência no mercado de trabalho cresceu 20, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Um número considerável, visto que a lei gerou e motivou oportunidades que antes não existiam para pessoas com deficiência física ou intelectual.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 5,6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, o que corresponde a 24% da população economicamente ativa brasileira. A última relação anual de informações sociais (RAIS) confirma que 400 mil vagas destinadas a pessoas com deficiência estão ocupadas atualmente.
A coordenadora de políticas públicas e defesa das pessoas com deficiência de Curitiba, Regiane Ruivo Maturo, indica que a Prefeitura trabalha diariamente com incentivos para as empresas “Fiscalizamos as empresas que devem obedecer à lei de cotas e também buscamos cada vez mais investir e estimular os empregadores a acreditarem nas pessoas com deficiência”, diz.
A Associação dos Deficientes Físicos no Paraná (ADFP) organiza eventos de inclusão social de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A ADFP trabalha diretamente com vários órgãos, como explica a porta voz da instituição, Luzia Maria. “O número de empregados no Paraná é baixíssimo, mas trabalhamos em conjunto com a Secretaria Nacional dos Diireitos Humanos (SINE) e o Ministério do Trabalho e Emprego, e o nosso esforço é satisfatório, ano passados 1.052 pessoas conseguiram se realocar no mercado de trabalho no Paraná”.
O site Deficiente Online é o maior site de disponibilidade de vagas para pessoas com deficiência atualmente. Giana de Marco, participante da comissão dos Direitos Humanos da OAB PR, reitera: “não adianta somente exigir que a lei seja cumprida, é necessário criarmos caminhos para que as pessoas com deficiência tenham mais oportunidade no mercado de trabalho”.
Tanto o SENAI como a APAE Curitiba lutam para reverter esse cenário no mercado de trabalho curitibano, oferecendo cursos e oficinas profissionalizantes.