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FALTA DE MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA PREOCUPA PRODUTORES RURAIS


Experiência com o campo é essencial na Colônia Murici, em São José dos Pinhais.

Admissões na área caíram 45% de 2012 para 2016, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego

Encontrar trabalhadores com especialização no setor agrícola tem sido um desafio para os produtores rurais. No mercado, faltam empregados capazes de operar máquinas cheias de aparatos tecnológicos, como computadores de bordo e GPS.


O secretário de assalariados rurais da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (FETAEP), Carlos Gabiatto, explica que o grau de instrução dos trabalhadores rurais é historicamente baixo. “O trabalhador rural encontra dificuldades até mesmo de ler o manual de um maquinário.”

Gabiatto pontua que e-xiste falta de incentivo dos produtores em oferecer especialização aos empregados. “Os empregadores não investem na capacitação de seus próprios funcionários, preferindo contratar pessoas capacitadas”.


O produtor rural Laudenir Lazarotto diz que para realizar a colheita é preciso um profissional que saiba trabalhar com plantas. “A colheita requer experiência por parte do traba-lhador.”


A complicação não é de hoje. O veterinário aposentado Angelo Garbossa trabalhou na fazenda de sua família durante muitos anos e conta que era mais fácil encontrar gente para trabalhar antes da mo-dernização do campo. “A mão de obra no meio rural era toda no braço. Depois dos anos 70, passamos a precisar de mão de obra especializada, porque ficou tudo mecanizado.”


Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, as admissões no setor agropecuário estão em queda. De julho de 2012 até o mesmo mês deste ano, a redução nas contratações foi de 45%. Foram contratados 3.483 trabalhadores rurais em Curitiba e Região Metropolitana entre julho de 2015 e julho de 2016. O número é baixo se comparado com o mesmo período de 2012, quando foram contratados 6.355.


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