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EMPRESAS TROCAM FUNCIONÁRIOS POR NOVAS TECNOLOGIAS

Catraca eletrônica faz o trabalho dos porteiros no Detran-PR, em Curitiba.

Processo incentiva que empresas busquem formas de aumentar de aumentar a produtividade e diminuir custos


Com a crise financeira, as empresas passaram a investir mais em tecnologia para se estabilizar economicamente e reduzir gastos. Entre dezembro de 2015 e fevereiro de 2016, o número de desempregados no Brasil atingiu a marca de 10,2% da população - o equivalente a 10,3 milhões de pessoas sem emprego. Os dados são da última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre emprego formal.


Segundo a psicóloga e proprietária da RH Saúde Recursos Humanos, Alda Gilda Glaser, o mercado está mais exigente com as competências comportamentais. “As máquinas substituem o homem na linha de montagem e de produção, mas a maior riqueza de uma empresa é o potencial humano. O homem não poderá ser substituído na íntegra”.


Para o gerente do Centro Internacional de Inovação do Senai Paraná, Felipe Cassapo, a automação não é um dos motivos para o aumento nos índices de desemprego. “Para mim, é um mito. A substituição do trabalho manual por sistemas ou por robôs é, na verdade, uma substituição do nível de qualificações da mão de obra. O que ocorre nas indústrias não é uma redução de trabalho e, sim, a adoção de padrões cada vez mais altos”.


Ao invés de imaginar que os efeitos de modernização substituem os seres humanos por máquinas, Cassapo diz que temos que reconhecer que na realidade eles permitem que as pessoas tenham a oportunidade de se desenvolver.


Com dúvidas em relação à substituição pelas novas ferramentas, trabalhadores investem em treinamento e capacitação. “Trabalho em uma empresa de segurança que está trocando os funcionários por sistemas eletrônicos. Sinto que preciso me requalificar para atender aos novos requisitos da empresa, senão serei substituído”, diz o segurança Valmir Marques da Silva.


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