AUXÍLIO DOENÇA POR DEPRESSÃO SOBE 9% NO PAÍS
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Tempo para recuperação em casa é fundamental para o tratamento de transtornos depressivos
O número de auxílios doença concedidos pela Previdência Social em casos de depressão cresceu 9% no Brasil no primeiro semestre de 2016, em relação ao mesmo período de 2015. A doença atinge 121 milhões de pessoas pelo mundo, segundo uma pesquisa epidemiológica publicada pela revista BMC Medicine. Entre as pessoas que mais sofrem da doença, estão milhões de trabalhadores.
A comerciante Jeniffer Sampaio, 30 anos, teve depressão enquanto trabalhava em um escritório de contabilidade, em 2006. Ela realizava mais tarefas do que estava encarregada. Com a pressão, teve crises de pânico. A profissional ignorou os sintomas até ser aconselhada a buscar ajuda psiquiátrica. “Achei que fosse só preguiça”, diz.
Em casos de depressão, dar um tempo no trabalho para se recuperar é indispensável. “Os afastamentos são necessários para estabilizar a medicação e prosseguir com o tratamento até que o trabalhador esteja novamente apto a realizar suas tarefas normalmente”, explica a psiquiatra Tássia Lopes.
Um dos primeiros sintomas dessa enfermidade é a perda de interesse e prazer em fazer as coisas. A profissional afirma que outra característica é a acomodação com o novo comportamento. “O paciente tenta minimizar seu problema ou cria mecanismos de aceitação".
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma morte por suicídio acontece a cada 40 segundos no mundo. Só no Brasil, são 32 mortes por dia. Muitas empresas convidam ONGs de apoio à vida para esclarecer dúvidas sobre tratamentos psiquiátricos e diminuir o preconceito sobre o assunto. O respeito por quem tem transtornos mentais é essencial para a reabilitação.
Claudiane Araújo, do Centro de Valorização da Vida (CVV), lembra a importância de falar sobre o suicídio dentro das instituições. “A mídia achava que falar sobre suicídio serve como incentivo, mas a divulgação de dados é importante e aumenta o número de pessoas buscando ajuda. ”