top of page

CRESCE O NÚMERO DE TRABALHADORES INFORMAIS E ARRECADAÇÃO DE CURITIBA CAI


Foto: Aléxia Lopes

O trabalho autônomo tem aparecido com mais frequência em Curitiba nos últimos meses, seja nas ruas ou dentro de algumas empresas. As vendas indiretas são as que mais chamam atenção, como a comercialização de alimentos, por exemplo.


Essa situação, porém, acarreta na diminuição na arrecadação de impostos de Curitiba, afetando na economia da cidade. No mesmo período de 2015, a arrecadação do Imposto sobre Serviço (ISS), segundo dados da Secretaria Municipal de Finanças, era de, aproximadamente, R$ 40 mil. Em 2016, esse número caiu para R$ 25.600. Dos 167 mil autônomos cadastrados com alvará, apenas 25 mil estão ativos e continuam contribuindo com o imposto.


“Claro que algumas atividades são isentas desse cadastro, como pedreiros, pintores, entre outros, conforme lista prevista na Lei complementar 40. Porém, a queda na arrecadação causa uma série de problemas quanto aos repasses desse imposto”, declara Daniel Mauricio, diretor do Departamento de Rendas Mobiliárias de Curitiba. A atribuição a esse quadro é o aumento de taxas, juros e outros impostos às pessoas jurídicas, o que dificulta a abertura de um negócio local/fixo.


É o caso da Edneia Morais, assessora de gabinete na Prefeitura de Almirante Tamandaré que, para complementar a sua renda, vende vários tipos de doces. “Houve um momento em que só o meu salário já não estava sendo suficiente para pagar as contas. Me vi na necessidade de procurar uma outra renda”, conta. Edneia ainda complementa que sua renda aumentou em 30% com as vendas e, assim, pode pagar as prestações do seu carro e aumentar o seu negócio, consecutivamente.


Ainda segundo a Secretaria Municipal de Finanças, não há muito o que se fazer para que isso seja mudado. “Ainda que haja um número fixo de autônomos contribuintes, as taxas tendem sempre a aumentar, o que pode alavancar essa escolha pelo trabalho informal”, completa Daniel.

bottom of page