top of page

SETOR DE REPAROS E CONSERTOS CRESCE EM MEIO A CRISE


Foto: Bruna Aliane

Essa área sofreu mudanças significativas em questão a procura pelos serviços.

Muitos brasileiros foram afetados pela crise econômica. De acordo com um levantamento feito pela Data Popular, especializada em hábitos de consumo das classes C, D e E, cerca de 88% dos brasileiros deixaram de comprar durante a recessão econômica. Entretanto o setor de consertos, reparos e usados parece ser uma das áreas que não foi afetada nesse período.


Segundo o economista Alfredo Meneghetti, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), esse é um dos segmentos que cresceu durante a crise. “A procura [por esses serviços] subiu muito. As pessoas estão pedindo mais reformas e fazendo mais consertos ao invés de comprar produtos novos. ”


Para o técnico de reparos de celulares Felipe Rochavetz, proprietário de uma revenda de celulares, o movimento de clientes aumentou, mas não para vendas. “A quantidade de reparos aumentou cerca de 50%, já as vendas estão no extremo vermelho”, diz.


Especializado em consertos de celulares, Ziad Rachid afirma que, muitas vezes, as pessoas preferem reparar a tela do aparelho quebrada do que comprar um novo. “Por mais que o país esteja nessa situação, o nosso setor é um dos que menos sentem a crise, pois há sempre a necessidade de se ter um celular”.


O sapateiro Pedro Schneider, na profissão há mais de 30 anos, conserta cerca de oito a doze pares por dia, que variam de R$10 a R$70, o par. “Com a crise a procura pelo setor de sapataria aqui da loja aumentou em 30%. Pois agora, as pessoas preferem mandar consertar do que gastar o dobro ou triplo do valor em um novo sapato”, afirma. Com a redução das vendas, os consumidores optam por arrumar produtos e equipamentos com defeitos.


Meneghetti avalia que o crescimento do setor nem sempre é positivo, pois afeta diretamente a economia. “Quando um número significativo de pessoas migra para outro, este cresce, mas o de origem diminui e pode chegar a uma possível quebra”.


bottom of page