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MÃES SÃO DEMITIDAS DE EMPREGOS AO RETORNAREM DA LICENÇA MATERNIDADE

Fotografia: Ana Freire

A dificuldade de mulheres que, ao voltarem para suas funções no trabalho, são dispensadas.

Ainda é muito comum ver mulheres que ao voltarem ao trabalho após licença maternidade, são demitidas pelas empresas. A licença de 120 dias sem prejuízo de salário, está prevista no art. 392 da CLT e garante o

emprego a contar da confirmação da gravidez, por meio de documentação comprobatória, de até cinco meses após o parto. No entanto, muitas mães, ao retornarem do afastamento, encontram pessoas que já foram contratadas para realizar suas funções e que tem mais tempo para dedicar aos seus afazeres profissionais.


Segundo informações da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-BR), as demissões de mães que ocorrem com mais frequência são nas linhas de produção, geralmente em empresas de pequeno e médio porte.


Existem mães que acabam aceitando bem a situação. Como é o caso da Adriane Vargas, de 39 anos, que é assistente administrativo financeiro e foi demitida de seu emprego após 60 dias de retorno ao trabalho. Adriane diz que já esperava a situação, pois quando voltou, havia outra pessoa realizando suas funções, com um salário abaixo do seu. “Demorou um pouco para cair a ficha. Fiquei chateada e, ao mesmo tempo, feliz por poder ficar mais tempo com o meu filho”. Os colegas de trabalho estão dando apoio a ela agora que está tentando trabalhar novamente e a empresa cumpriu com os deveres previstos em lei.


Adriane diz que a maior dificuldade foi encarar o medo de que algo faltasse para seu filho, mas que esse sentimento foi passageiro. Apesar das dificuldades, muitas mulheres conseguem lidar com a demissão de maneira otimista e tornar isso um ponto positivo em suas vidas. “Essa semana meu filho completou um ano e estou acompanhando todo seu desenvolvimento. A demissão acabou se tornando um privilégio”, completa Adriane.


Alguns fatores podem custar o emprego. Por exemplo, algumas mulheres acabam não construindo um plano de estrutura familiar que possa apoiar os cuidados com as crianças, para que elas não precisem se ausentar de suas funções, e, com isso, desfalcar a equipe.



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